A violência contra mulheres estampa diariamente os jornais do país, do estado e da nossa região, afetando todas as idades. Pode assumir muitas formas, incluindo violência física, sexual e emocional, e é preciso estarmos atentos a quaisquer sinais para que combatamos os seus resultados devastadores: só em 2022, 106 mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio Grande do Sul, ou seja, foram mortas em razão de seu gênero.
Dentro dessas violências, a psicológica pode ser mais difícil de identificar, mas pode incluir insultos, humilhações, ameaças, isolamento e controle excessivo do comportamento da mulher.
É importante entender que a violência contra mulheres não é uma questão individual. É um problema social que é alimentado por uma cultura que normaliza a violência e a desigualdade de gênero.
É importante que todos se envolvam na luta contra a violência contra mulheres. Isso inclui denunciar qualquer forma de violência que você testemunhe ou ouça falar, apoiar organizações que trabalham para acabar com a violência contra mulheres e educar os outros sobre a importância da igualdade de gênero.
É necessário um esforço conjunto de toda a sociedade para prevenir a violência contra a mulher. Educar, empoderar e criar um ambiente seguro e respeitoso para todas as mulheres, de modo que possam viver livres de violência e terem suas vidas plenamente realizadas. A luta pelos direitos das mulheres é um processo contínuo e ainda há muito a ser conquistado em termos de igualdade de gênero e proteção contra a violência e a discriminação.
Canais de denúncia
As mulheres vítimas de violência podem denunciar os casos por meio de diferentes canais. Alguns deles são:
1 - Central de Atendimento à Mulher: o número 180 é um canal de denúncia que funciona em todo o país e oferece orientação jurídica, psicológica e social para mulheres vítimas de violência. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
2 - Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM): as mulheres vítimas de violência podem procurar as delegacias especializadas para fazer a denúncia e obter assistência jurídica e psicológica. Na região, existe a delegacia em Lajeado.
E-mail: lajeado-dm@pc.rs.gov.br
Telefone: 51.3748-6912.
Endereço: Rua Cel. João Batista de Melo, 509 – Centro, Lajeado/RS.
3 - Brigada Militar: a polícia militar também pode ser acionada em casos de violência contra as mulheres. Em situações de emergência, a orientação é ligar para o número 190.
4 - Disque-Denúncia: o Disque-Denúncia é um serviço que permite que as pessoas denunciem crimes anonimamente. No Rio Grande do Sul, o número é 181.
É importante lembrar que a denúncia é fundamental para prevenir e combater a violência contra as mulheres. Além disso, é possível contar com a ajuda de organizações da sociedade civil e de profissionais da área da saúde e assistência social para obter apoio e orientação em casos de violência.
Rede de apoio em Santa Clara do Sul
Em Santa Clara do Sul, a mulher conta com uma rede de apoio, a começar pela atuação de equipes multidisciplinares. Por meio do Programa Santa Clara Mais Feliz, toda a população tem acesso a atendimento psicológico e psiquiátrico. Mulheres vítimas de violência podem procurar atendimento especializado em saúde, com equipes multidisciplinares que incluem psicólogos, assistentes sociais e médicos.
Participar dos programas e eventos de capacitação e empoderamento das mulheres também é de fundamental importância. Essas iniciativas buscam capacitar e empoderar mulheres para que possam se proteger da violência e conquistar sua autonomia financeira e social.
Também foi firmado convênio com a Associação Casa de Passagem do Vale, voltada ao amparo e acolhimento de mulheres vítimas de violência familiar. A entidade localizada em Cruzeiro do Sul recebe mulheres com necessidade de medidas protetivas de urgência e temporárias, para o seu amparo e acolhimento, acompanhadas dos filhos menores.
Direitos fundamentais das mulheres
Os direitos das mulheres se referem a um conjunto de direitos humanos fundamentais que garantem a igualdade de gênero, a não discriminação e a proteção contra a violência e outras formas de opressão baseadas no gênero.
Alguns dos principais direitos das mulheres incluem:
Igualdade de direitos e oportunidades: o direito de ter as mesmas oportunidades e direitos que os homens em todas as áreas da vida, incluindo educação, emprego, política e acesso a serviços públicos.
Direito à saúde: o direito a receber cuidados de saúde adequados, incluindo atendimento médico especializado, acesso a contraceptivos e direito ao aborto seguro.
Direito à não discriminação: o direito a não ser discriminada em razão de gênero, orientação sexual, raça, religião, origem étnica, idade ou qualquer outra característica pessoal.
Direito à segurança: o direito a viver sem violência, incluindo a violência doméstica, sexual, física ou psicológica.
Direito à liberdade: o direito a exercer sua liberdade de expressão, pensamento, crença e religião.
Direito à participação política: o direito de participar ativamente da política, incluindo o direito de votar e de ser eleita para cargos políticos.
Direito ao trabalho: o direito a trabalhar em igualdade de condições com os homens, incluindo o direito a igualdade salarial e a licença-maternidade.